Dia 2 de agosto de 1962, restaurante Bon Gourmet, em Ipanema, era a estréia do show Encontro, que reuniu os monstros sagrados da música brasileira: João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e o conjunto vocal Os Cariocas. Neste dia foi apresentada ao mundo a canção “Garota de Ipanema”. Desde então, a Bossa Nova invadiu o mundo todo.
No mesmo ano da apresentação da canção, começou a história da música que marcou os anos 60. Tom e Vinicius, entre um chopp e outro no botequim Veloso – que deu lugar ao bar Garota de Ipanema – avistaram uma jovem, apenas 19 anos, cabelos dourados e corpo perfeito em direção ao mar. Era Helô Pinheiro, musa inspiradora e modelo de uma geração, de uma época, uma menina, que na canção vem e passa, mas foi eternizada pelos versos compostos pelos ícones da Bossa Nova.
A universalidade de Garota de Ipanema, título deste post, pretende confirmar ao leitor sobre o quanto esta específica canção rompeu com as fronteiras de Ipanema e chegou a diversos países. O escritor Ruy Castro, em texto publicado no Estado de S. Paulo sobre os 40 anos de “Garota de Ipanema”, lembrou a vontade dos ‘gringos’ de cantar os versos de Tom e Vinícius:
“No caso da letra de Vinicius, há sites com adaptações fonéticas para ajudar os gringuinhos aspirantes a reproduzir a interpretação de João Gilberto, resultando em coisas assim: “Aw-lyuh kee koey-suh mah-izh leen-dah/ Mah-izh shay-ya dee grah-suh..”
Porém, o site que oferece a didática da reprodução não foi o primeiro a orientar estrangeiros a reproduzir a canção. O primeiro ‘professor’ foi Tom Jobim, que ensinou o famoso cantor americano Frank Sinatra a cantar Bossa Nova. Em troca, Sinatra eternizou “Garota de Ipanema” em outra língua, além de incorporar seu talento e voz para “The girl from Ipanema”, composta por Norman Gimbel. Sacramentando, assim, a universalidade de “Garota de Ipanema”.
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